ARQUITETANDO POR AÍ

ARQUITETANDO POR AÍ
O assunto aqui é transformar rotinas engessadas, visando a melhoria da qualidade de vida dos envolvidos. Mas, como assim? Alinhando conhecimentos arquitetônicos a técnicas de organização, espaços residenciais ou comerciais são reestruturados com custo bem inferior ao imaginado. Independente do tamanho da sua necessidade, conheça um pouco dessa história e encontre respostas. Aguardo você...

16/10/2022

UM PROJETO DE AMOR



Perfumes dela


Há pouquinho mais de um ano, por circunstâncias da vida, não passo por aqui. Por onde ando, sem que se tenha ideia do tamanho das minhas demandas semanais, vêm as cobranças para que eu volte a escrever. Já com post planejado para o domingo do dia 5, lembrei que coincidiria com a eleição. Quem sou eu para competir em audiência nesse importante dia para o Brasil ? Adiei. E, super acostumada com reviravoltas, tudo mudou. 
 



Uma madrinha de casamento, um pós mudança desafiador, filhos amorosos fora da cidade. E o post planejado para hoje foi substituído por um relato que descreverá esse projeto de amor. Para resumir, a madrinha corajosa, com a ajuda dos filhos, estava vivendo um processo de simplificação. Soube de tudo isso por um deles, depois de ter "pescado" meu contato na agenda do celular da mesma. Tudo entendido, logo aceitei. 




Na data combinada, eu e a parceira Nane Souza estávamos lá. Equipe competente, exigências diversas, era claro que todos sabiam poder contar não só com a personal organizer, mas, acima de tudo, com a arquiteta. Diante da notícia de quase 50% de desapego, precisávamos brilhar. E, junto com ela e suas fieis escudeiras, assim foi. Planejamento, categorização e muito aperto de mente fizeram parte dos nossos dias.
  



Em todos os cômodos, peças de uso diário foram separadas das demais. Com essa medida simples, espaços acabaram sendo liberados, caminhos desimpedidos e vida facilitada. Com a supervisão dela, o acervo de roupas de cama e banho foi reduzido ao limite de receber filhos, noras e netos com conforto. Na cozinha, louças, copos, panelas, eletrodomésticos, utensílios, assim como alimentos, apenas na medida da necessidade.




No caminho de cada novo turno de organização, lembrava para a parceira o tantão de amor envolvido no nosso projeto. Com muita frequência, horário indeterminado, testemunhamos ligações, algumas vezes de vídeo, dos filhos tentando se fazerem presentes naquele desafio da mãe. Antes do início do processo, demonstrando uma sintonia linda, até sobre a necessidade de cuidados com os joelhos operados dela, nos alertaram.
 




Sobre o que fizemos por lá? Fiel à minha escolha profissional, de tudo um pouco. Desde marcação do lugar para a luminária nova da cliente, até uma quase solução para o gás encanado. Não fosse a mesma, após testemunhar a falta que esse serviço estava fazendo nos seus dias, descoberta a caixa do medidor, tesoura na mão, perguntei se ela me autorizava retirar o lacre, evitando mais um banho frio. Ela não autorizou. Claro que obedeci!  

 



Fonte imagens: ARQUIVO PROFISSIONAL

26/09/2021

CRIATIVIDADE PRA VIVER



Com chocolate em pó fake!



Sim! Tenho andado bem sumida. Muito trabalho e pouco tempo para blogueirar. Eis que, hoje, domingo de folga de organização, decidi fazer algo na cozinha. Ingredientes iniciais já misturados, descubro que estou sem chocolate em pó em casa. Problema grande. Porque, se tem uma coisa que não faço (nem nunca farei!), é pedir socorro de ingredientes às minhas tão queridas vizinhas. Peço desculpa, oração, ajuda para vaquinhas diversas, mas não tem quem me faça pedir chocolate em pó para uma receita em curso. De onde vem isso? Só Deus sabe!
E, num desespero disfarçado, passei a abrir todas as portas de armários da cozinha, na esperança de que a minha necessidade pudesse se materializar, a qualquer momento, em algum lugar. Foi quando avistei biscoitos de aveia com chocolate. Mais que depressa, os triturei no liquidificador. Usaria o pó obtido em lugar do ingrediente em falta. Se iria ficar bom, só saberíamos depois de consumido. Ri sozinha da minha mistura de maluquice com ousadia e medi o item obtido como se chocolate em pó fosse. Incomodar uma das minhas vizinhas? Jamais!
Dali em diante, meus pensamentos foram estacionar na recente fala de uma pessoa muito importante na minha caminhada atual. "O que te sustenta, Pat, são os seus 3 pilares: seus princípios, sua verdade e sua criatividade." Lembro que assim que ouvi a assertiva pela primeira vez, concordei, imediatamente, com os dois primeiros pilares, mas, questionadora como sou, quis saber como a minha criatividade profissional poderia ser um dos suportes para seguir forte diante da vida. E a resposta foi certeira: criatividade pra viver, moça!
Sendo assim, aviso que a sobremesa Delícia de tia Lulu, utilizando chocolate em pó fake, já foi testada e aprovada. Para os que desejarem a receita original, basta clicarem no link acima. Para aqueles que, em algum momento da vida, faltar algum ingrediente, usem de criatividade, arrisquem e sigam com fé. Passados os domingos de despensas desabastecidas, sempre vêm as segundas; quando as faltas poderão ser solucionadas. O importante é não perder a criatividade pra viver. Eu tenho! E vocês? Excelente semana a todos... 





Fonte imagem: ARQUIVO PROFISSIONAL 

16/05/2021

DE AVENTAL



Ele!




Apesar da atual tendência das profissionais de organização usarem roupa normal, por que insisto com o meu avental? São tantas as razões que, hoje, com um pouco mais de tempo, tentarei não esquecer de um só dos motivos para tal. Os clientes que já conhecem a minha natureza destemida, certamente, poderão testemunhar que, diante dos muitos desafios que aparecem durante as organizações, estar usando um avental, me garante uma despedida apresentável ao final do dia.
Outro fator importantíssimo diz respeito ao trabalho em parceria com outras profissionais. Nessas muitas oportunidades, apesar de responder pelo projeto, estarmos com a mesma indumentária, assegura aos clientes terem duas, ou mais, profissionais disponíveis para solucionarem as suas necessidades. Sem falar nos enormes bolsos frontais que acomodam desde um pano macio para a limpeza final, até as sobras das etiquetas, mantendo a boa aparência do nosso local de trabalho.
Principalmente nas organizações pós mudança, quando temos que conviver também com a insana correria do pós obra, segundo uma cliente muito criativa, "avistar os aventais azuis em movimento no meio da confusão, é sinal de que a organização está tomando forma". Também nessas situações, quando trabalhamos muito próximas aos funcionários da casa, seja os orientando ou treinando, o avental é um elemento de aproximação. Contribuindo demais na escuta deles.
Particularmente no caso do ARQUITETANDO POR AÍ, tendo como cor base o azul, minha preferida desde sempre, o avental carrega algumas memórias afetivas que certamente contribuem para o sucesso das missões. Não posso deixar de mencionar a manifestação de aprovação por parte dos clientes quando vêm o item ao vivo e exclamam: que lindo o avental! Querem mais? Semana passada, ao parabenizar uma amiga querida pela passagem do seu niver, foco na resposta.      




Ela!





Fonte imagens: ARQUIVO PROFISSIONAL

21/03/2021

 QUANDO A NECESSIDADE APERTA



Gavetão organizador




Depois que as filhas se foram, me vi com todos os espaços da casa só para mim. E, desde lá, venho os adequando às minhas necessidades, também, facilitando a rotina de trabalho das minhas funcionárias. Mas, quando a necessidade aperta, a solução precisa ser rápida, antes que o caos se instale. Aqui e em todas as casas. Hoje, foi a vez da área de serviço... 








Visualmente interligada à cozinha na época da reforma, agradeço aos conhecimentos adquiridos no curso de arquitetura da UFBA pela solução. Mas, por isso, a exigência em ter uma área de serviço sempre organizada é grande. Como acordei pensando nela, o foco era o que faria com os dois gavetões de roupa suja e limpa ociosos desde a partida das duas filhas.    








Hábito antigo, a família já lavava as mãos sempre que chegava da rua. Por isso, mantive o sabonete líquido no lugar de origem. Também, pregadores de roupas e produtos de limpeza de maior uso ficavam à mão e foram mantidos. No porta toalhas, peça de uso exclusivo para mãos, agora, trocada diariamente. Mantidos os cestos organizadores ainda novinhos. 




Gavetões sinalizados
 



Liberando os armários, abaixo do tanque, dois dos gavetões foram ocupados com embalagens diversas e produtos de limpeza de uso menos frequente. Os outros dois, colados à máquina de lavar, depois de muito bem higienizados com álcool, receberam as roupas limpas(superior) e sujas(inferior). As etiquetas sinalizadoras se encarregarão do resto.








Nas três portas de armário restantes, baldes e bacias para roupas, recipientes para limpeza e produtos abrasivos foram acomodados com bastante folga e segurança. Quanto aos espaços livres de parede, desde antes, foram aproveitados tanto para acomodar o puxa saco Tok & Stok, como o conjunto mesa e ferro de passar. No chão? Só o balde de lixo.    









Fonte imagens: ARQUIVO PROFISSIONAL

21/02/2021

 O NOME DA GERAÇÃO



Sempre elas!!




Durante uma semana pra lá de corrida, tentando organizar as minhas demandas pessoais, sempre misturadas com as organizações de clientes, percebo um compartilhamento da amiga, e ex-colega Marista, Lívia Lopes. Laços fortes, admiração mútua, meu horário de almoço, parei para conferir. E lá estava um texto que merecia ser compartilhado. 
Sobre a autora, descobri ser uma filha que a vida fez escritora. Diante da necessidade de se reinventar nos cuidados c/ o pai, publicou o livro: Alzheimer, diário do esquecimento. Já eu, tendo vivido e me beneficiado muito pelo comportamento da geração por ela descrito abaixo, antes de finalizar a leitura, estava decidido: "aquilo" tinha que virar post.
Ao final, já rindo de saudade por lembrar de determinadas situações, não me sentindo filha, mas, totalmente, mãe, parei e ponderei. Fazemos o possível e o impossível pelos nossos filhos. Acertamos e erramos nesse caminho. Mas, sempre os colocamos em primeiro lugar, seja qual for o nome da geração. Obrigada, Livinha! Saudade...  

     


Está morrendo a geração de ferro, para dar passagem à geração cristal.

Quem é a geração de ferro? Aqueles que chamávamos de "senhor" e "senhora", porque "você" é para "seus amiguinhos". 
A geração que não estudou, porque precisava trabalhar para ajudar os pais. Depois, para realizar o sonho da casa própria, sustentar a família. Mas, chorou de emoção e orgulho na formatura dos filhos.
A geração que antes das 22h colocava todo mundo na cama, ajeitava o cobertor, dava um beijo de boa noite, depois de rezar junto, porque "ninguém deve dormir sem rezar; não somos bichos".
Aqueles que nunca viram uma carreira de cocaína, nem precisavam de comprimidos, ou energéticos, para rir e dançar a noite inteira, mas não ousavam tomar manga com leite. E ninguém saía, ou entrava em casa sem "a benção". E isso fazia toda diferença. 
A geração que nunca sonhou com a Disneylândia, porque divertido mesmo era ficar na calçada com os vizinhos, contando casos, enquanto ficavam de olho nas crianças.
A geração que guardava o troco de moedas no cofrinho, mas não economizava nas festas de aniversário - um bolo, sanduíche, brigadeiro e suco. Sem DJ, só o som das crianças brincando e a risada dos parentes e amigos.
A geração que anotava as dívidas na caderneta e ansiava pelo dia do pagamento para quitar todas, porque "esse dinheiro não é meu". 
Está morrendo a geração que pagou pra ver; bancou os seus sonhos e sonhou o sonho dos filhos. Sorvete era pra dias especiais e comer arroz e feijão era a regra para crescer forte, porque "saco vazio não para em pé".
A geração que fez do trabalho o objetivo de vida, não soube o que eram férias e passear na praça com os amigos era uma aventura deliciosa, que rendia incontáveis fofocas e segredos.
A geração que sempre deixou o último bolinho para os filhos, mas amargou a saudade e o medo, quando esses filhos não tiveram mais tempo para eles. 
Está morrendo a geração que pagou todas as contas, mas não imaginou que envelhecer seria tão caro e os filhos não estariam dispostos a dividir essa conta.
Está morrendo a geração que soube arrancar comida e esperança de pedra, para cuidar da família, mas esqueceu de cuidar de si mesmo.

Míriam Morata Novaes




Nós!!





Fonte imagens: ARQUIVO PRFISSIONAL  

07/02/2021

RETRIBUINDO



O presente!




Por conta de alguns problemas com o Blogger, não consegui compartilhar o post do domingo passado. Hoje, com atraso de uma semana, confiram aí. Se amo dar, imaginem só o que sinto por retribuir! 



Durante a semana, saindo do crossfit, carro abastecido, lembrei que há tempos não checava o ar dos pneus. Ninguém disponível, eu mesma fiz o serviço. Enquanto esperava o alarme do calibrador soar, olhei em volta e percebi uma cliente muito querida se dirigindo à bomba. "Abandonou o blog, Pat?", de longe mesmo, ela perguntou. Acenei, terminei a tarefa e fui responder a pergunta. Ela sabia muito bem que eu não abandono compromisso algum. Foi o que disse. Bem pertinho dela!    


 

 



Na semana anterior ao encontro descrito, em intervalo de organização, o texto da escritora Vanessa Brunt, compartilhado acima, me chamou muito a atenção. Tanto que, assim que pude, compartilhei no meu instagram. Ao compartilhar, descobri que aquela jovem de apenas 25 anos, sensível e ousada em compartilhar verdades, era sobrinha de uma grande amiga e parceira de organização. Generosa como Vera Maia, está para nascer. E foi assim que o livro que trás o texto acima chegou aqui.




O carinho!




Dedicatória linda, bem na linha do que ela transborda, mergulhei no seu livro como quem mergulha numa piscina convidativa em um dia de verão. Querem saber o que descobri? A escritora Vanessa Brunt é tudo que eu imaginava e muito mais. A ideia de fazer esse post veio quando ainda estava me deliciando com suas palavras. A cada passada de página, sabia que precisava compartilhar a minha "descoberta" com mais gente. E, em forma de post, segue o meu agradecimento e a retribuição.     








Acima, bem no meio do momento delicado que estamos passando, deixo um recadinho curto dela para a humanidade e suas publicações até aqui. Certa vez, encantada por receber um e-mail resposta de Martha Medeiros à uma questão das minhas filhas, agradeci e exaltei a sua forma amável e disponível de cuidar do seu público. E isso nos rendeu uma troca de mensagens inspiradoras. Suspeito que Vanessa Brunt segue na mesma linha. Estamos todos conectados, garota especial! 





Fonte imagens: ARQUIVO PROFISSIONAL E INSTA DA ESCRITORA

31/12/2020

PRESENTE QUE VIROU POST 



Obrigada, Enrique Amoedo!




Para muitos, 2020 foi de grandes dificuldades. Para mim, uma canceriana/ariana, desde sempre louca por um desafio, não poderia ter sido melhor. E foram montes deles. Mal tinha começado o ano, ainda janeiro, me senti atirada do topo de uma imensa árvore pela mãe natureza. Lá, ela pareceu dizer: voe. Não tive outra alternativa, a não ser voar. Sozinha? Jamais. Muitos, muitos, parceiros nos meus trajetos.
Passados 365 dias de aprendizado, para nós que já entendemos as regras do novo jogo, que 2021 chegue tranquilo e nos permita encarar os dias com mais serenidade. Enxergando, respeitando e aceitando o outro, como deveria ter sido desde sempre. Cada qual no seu quadrado? Sim. Talvez por mais algum tempo ainda. Mas, cientes do que, realmente, importa: nos fazermos presentes na vida do outro. Seja com quem ou para quem.
Mais cedo, avisada digitalmente sobre o lançamento do novo cover da sensacional Arpi Alto no YouTube, ainda no início da montagem desse post, quase não acreditei. Em clara e aveludada voz, ela interpreta We've Only Just Begun*, dos Carpenters. E, ao longo da apresentação, pronuncia together* várias vezes. Se essa foi a palavra mais importante de 2020, que continue viva em 2021. Tenham todos, um Feliz Desafio Novo!!    

*nós apenas começamos
*juntos








 
Fonte imagens: ARQUIVO PROFISSIONAL
Fonte vídeo: YOUTUBE

13/12/2020

TODA DESORGANIZADA



Bolsas já organizadas




Durante a semana, em comunicação via whatsApp, um amigo muito querido escreveu algo em resposta à uma brincadeira anterior: toda "desorganizada". Sim, o desorganizada entre aspas. O que ele não sabia é que o meu setor acessórios estava tal e qual ele escreveu ali. Sem as aspas. Principalmente, as bolsas. Naquele momento, sacos há muito tempo encomendados, prometi para mim mesma que, desse domingo, a organização não passaria. E assim foi. Mais uma vez, tudo registrado.   




Setor acessórios e calças




Aqui uma pessoa, ainda, sem closet, sigo me organizando em sete portas de armário e uma cômoda. Verdadeiramente, sobre espaço, não tenho do que reclamar; consigo viver muito bem com o que disponho. Contudo, até pouco mais cedo, o meu setor acessórios incomodava bastante. Bolsas desordenadas, umas ensacadas, outras não. Sem mencionar que, ao abrir uma das portas, dava de cara com uma mala monstruosa. Embalagens padronizadas, contrariando o que prego por aí, ensaquei uma por uma.  




Pós organização




E muitas clientes se perguntarão: será que ela endoidou? Asseguro-as que não. É que troco de bolsa muito pouco e a minha organização ainda não acabou. Logo que tiver outra folga, fotografarei item por item e farei tags com as imagens para pendurar nos sacos. Assim, sob tecido que permite ventilação, elas estarão protegidas do contato umas com as outras e conseguirei identificar a peça sem que precise abrir o saco. "Porque não faço isso nas organizações?", podem perguntar. Só economia de tempo.   




Faltando as tags




Hoje, organização finalizada. Porque, às vésperas de outra semana atribulada, preciso muito descansar. Antes de os desejar um feliz domingo, ciente que uma pergunta pode ficar no ar, já me adianto na resposta. Nas gavetas que aparecem fechadas acima, por ter abaixo todos os tênis agrupados, concentro roupas e acessórios de treino. Sendo assim, às 6 da manhã, muitas vezes não totalmente acordada, consigo me organizar rápido. Organização salva. Alguém ainda duvida disso? Feliz domingo! 




Roupas de treino envelopadas






Fonte imagens: ARQUIVO PROFISSIONAL

22/11/2020

ELES E A ORGANIZAÇÃO



Gandhi, eu e Zeus! Entre os fortes. Simbólico isso...




Nos nossos regulares treinamentos em organização, pregam que crianças e pets precisam ser mantidos fora do local da ação. No que, em teoria, concordo totalmente. Mas, como resolver essa questão quando suas referências humanas na casa se voltam para a organização das suas vidas? Acolher com cautela foi a única saída que encontrei até hoje. E segue funcionando. Muito bem. As imagens a seguir não mentem.
Eles fazem festa na chegada, vão ficando por perto, observam curiosos, e quase sempre, se encaixam num cantinho que ainda não tenhamos ocupado no decorrer do processo. Como não tenho medo algum, observo com serenidade seus donos fazerem os resumos das suas personalidades. Assim, com o passar do tempo, utilizando as informações iniciais, e mantendo o respeito necessário, ficamos até amigos...  




Romeu




Romeu, Memeu para os íntimos, foi amor à primeira vista. Pouco maior que uma palma de mão masculina, assim que percebi que não iria sair de perto, com medo de algum acidente com ele, tendo pedido autorização à sua dona, o coloquei sobre a mesa de jantar. De lá, visão panorâmica, ele acompanhou, não só a mudança de layout, como a organização interna dos móveis da sala. Atenção total. Um fofo em todos os sentidos!




Bidu




Bidu, mesmo tendo sido avisada da valentia, só conheci seu lado dócil e brincalhão. Organização do closet da sua dona em curso, ouvi, à distância, ele tomar um "carão federal". O que tinha aprontado? Não consegui entender. O fato é que correu para o vão atrás de onde eu estava fazendo as dobras e lá ficou, por muito tempo. Provavelmente, se sentindo bem seguro comigo de escudo protetor. Muito esperto ele!  




Kira e Mina




Como descrever Kira e Mina? Opostos totais. A primeira, brincalhona e estabanada. A segunda, modos de princesa. Com elas, o cuidado teve que ser maior ainda. Maiores em porte, vez por outra, corriam no meio da organização, em real situação de risco. Quando cansavam, a paz voltava a reinar. Querem saber onde elas vinham recarregar as baterias? Juntinho da dona, no meio da nossa organização. Podem acreditar!


Spicy




Spicy, que mais parece um bichinho de pelúcia, foi receptiva desde o início. Observando a movimentação, ela brincava pela casa, mas sempre voltava pedindo carinho. Numa dessas vezes, depois de fazer o afago desejado, falei pra ela: agora, vamos trabalhar? E ela, me olhando fixamente, como se estivesse entendendo, correu para a mais baixa prateleira da rouparia já organizada e lá ficou. Entendi: eu trabalho, ela descansa! 




Chandon




Chandon? Um lorde! Discreto, quase não aparecia. Algumas vezes o vi, de longe, circulando pela casa. Porém, quando percebeu a despensa já organizada, no auge da pandemia, com uma cesta vazia (que seria para os sacos de mercado contendo itens secos ainda a serem higienizados), veio conferir. Naquele momento, até esperei, mas ele não entrou na cesta. Tenho sérias suspeitas que isso já deve ter acontecido. 




Cloe




Também princesa, Cloe não desgrudou da sua dona. Mesmo no momento mais feio da organização, o descarte, ela esteve colada conosco. Super esperta, escolheu o lugar mais alto/confortável e lá ficou por muito, muito tempo. No decorrer do dia, aproximações permitidas, percebi que o que ela gosta mesmo é de carinho. De onde quer que venha. Daí em diante, foi bem tranquilo. Foi até nos levar na porta na despedida.   




Belinha




Belinha, a mais recente participante dos registros de organização, me vendo posicionar o celular para a parede de acessórios do closet da sua dona, pulou na frente e até pose fez. Eu, para não a contrariar, registrei o momento e, só depois, parti para os registros da organização. Daí em diante, ficamos amigas. Vendo todos ocupados, onde eu estivesse, chegava de mansinho e deitava junto, coladinha no meu pé.  






Fonte imagens: ARQUIVO PROFISSIONAL

25/10/2020

AMIGA MULTITALENTOSA



Por Valéria Mendes




Arquiteta, chef de cozinha, fotógrafa, esposa, mãe e amiga, talvez, não exatamente nessa ordem, tenho orgulho de dizer que Valéria Mendes faz parte da minha preciosa lista. Amiga, daquelas que topa tudo. Seja viagem à Nova York ou cirurgia de varizes. De uma sensibilidade ímpar, coloca emoção em tudo que faz. Até em comentário via direct do ig. Na sexta, em resposta ao seu comentário sobre uma foto do mar que lá compartilhei, escrevi: se existe algo mais lindo que o mar, desconheço! E ela respondeu:

Carta para uma amiga. 
Verdade, amiga, difícil encontrar algo mais lindo que o mar. Te peço um pouco mais de tempo para responder, vou pensar sobre isso... 
Vejo muitas cores que se intercalam na sequência da mudança de tempo. Assim, o mar vai espelhando o tempo... o tempo que vai passando.
Nasce o sol. Um dia de sol ou chuva. Chuva boa, fresca. Ou vento. Ou sem vento. E ainda o reflexo de um céu estrelado sobre o mar, mas só acontece sem vento. Esse seria um mar colcha de estrelas... Também vemos muito mais que o sereno dos verdes e calmos azuis. Outro dia, enxerguei vermelho na água azul do mar. Verdade! Em termos de sensação, o vermelho não estaria ligado ao que nos proporcionam os azulados e esverdeados. 
Vou aqui, de frente para o (agora) cinzento mar, pensando... sentindo... vivendo o mar. E mando, por essas linhas, só coisas boas para essa querida amiga: a quietude, a paz e, também, a energia do mar. Encerro com um abraço de um braço de mar pra você! Chegou?

Preciso dizer mais ou já entenderam do que ela é capaz? Desnecessário...  








Já que o nosso assunto é o mar, consegui fazer uma reunião de imagens por ela compartilhadas, via whatsApp, que comprovam os seus outros muitos talentos. Como organizar é um deles, hoje, ela foi inspiração para o post. Sejam mantimentos ou utensílios, respeitando as especificidades da organização de barcos, ela sabe do que os seus rapazes precisam. E segue organizando. Aliás, muito bem. Se ainda têm alguma dúvida, confiram aí! 




Mantimentos



Utensílios




Não apenas na culinária, mas, principalmente, na área do fazer o outro se sentir querido, ela segue absoluta. Nas suas mãos, frutas viram verdadeiras esculturas e uma simples reunião de petiscos se transforma em foco principal, tendo o mar como pano de fundo. Se pensam que algo do mencionado acima representa sacrifício, são tarefas que ela executa sorrindo e nos lembrando que viemos aqui para sermos felizes. Só isso.




Trabalho escultural



Registro de hoje!




Com ela, desde 1985, quando iniciamos nossas vidas acadêmicas no curso de arquitetura da UFBA, já vivi "poucas e boas". E, seguimos aprendendo uma com a outra. Na minha recente cirurgia de varizes, ela, a primeira a se oferecer para acompanhante, aceitei. Cirurgia finalizada, voltando para o quarto, acordada, assim que abriram a porta avisei: Gisele chegando. "Gisele?", perguntou preocupada. Respondi: Bündchen! Rimos muito...




@valeriamendesarquiteta





Fonte imagens: ARQUIVO DA HOMENAGEADA